terça-feira, 31 de maio de 2011

Somando forças e participando – Rio + 20


A China se transforma no maior emissor de dióxido de carbono do planeta como previsto. E isso não é tudo, até 2030, as emissões da China podem crescer numa velocidade quase duas vezes mais rápida que a de todos os países em desenvolvimento juntos, grande parte disso graças à matriz energética chinesa, considerada suja, já que é baseado na queima de carvão, levantamento feito pela Agência Internacional de Energia.
O aquecimento global é controlável e o seu combate não tem um custo proibitivo nem causa recessão econômica. Esta é a mensagem principal de um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas apresentado em Bagcoc, Tailândia, à alguns anos atrás. O relatório apresenta um pacote de sugestões para combater o aquecimento global. O diretor do programa de Mudanças Climáticas do Instituto de Meio Ambiente e Desenvolvimento da Grã-Bretanha, Saleem Huq, disse à época: - Podemos reduzir as concentrações de gases, com certeza, mas há dois aspectos que precisam ser alcançados: o tecnológico e o POLÍTICO (Vontade Política). Este último é o mais DIFÍCIL.
O tal relatório destacou que as pessoas precisarão pensar em responsabilidades individuais, com mudanças de hábitos, mas cabendo aos governos tornar essas ações possíveis. Não podemos pedir às pessoas que andem de ônibus, por exemplo, se o transporte coletivo não é bom. É o que venho dizendo, temos todos que fazer a nossa parte e uma mudança de cultura, como esta, de preservação ambiental, leva tempo, e é isso que não temos, então vamos nos dedicar ao máximo fazendo nossa parte e cobrando de nossos governantes que parece continuam de braços cruzados, vejam o retrocesso em relação ao Código Ambiental totalmente desfigurado pela Câmara dos Deputados.
UM ABSURDO TOTAL - Está surgindo um novo tipo de turismo, onde o lema é: visite algumas partes do mundo antes que elas desapareçam por completo. Empresas americanas e inglesas anunciaram excursões para a Ilha do Aquecimento, na Groenlândia e também cruzeiros em navios quebra-gelos para o oceano Ártico ameaçado de perder sua cobertura de gelo já no verão de 2020.
O inacreditável é que se muitas pessoas visitarem esses lugares ameaçados pelas mudanças climáticas, queimando combustíveis fósseis a cada viagem, além de degradarem o ambiente visitado ainda vão garantir o surgimento de muitos outros, mais um desserviço do capitalismo brutal praticado pelo REGIME BUSH / OBAMA. Eu confesso a vocês meus amigos que fico completamente abismado com a EXPLORAÇÃO COMERCIAL deste desastre mundial que se apresenta a vista de todos.
Bem, nem tudo está perdido desta forma peço a todos e todas que reflitam e venham somar forças aderindo e participando desde já do Comitê Organizador do Médio Paraíba para a Conferência Rio+20, que agregará diferentes redes e organizações não - governamentais e movimentos sociais brasileiros de diferentes áreas de atuação, incluindo ambientalistas, trabalhadores rurais e urbanos, mulheres, juventude, movimentos populares, empreendedores da economia solidária, entre outros, chama as organizações da sociedade civil e movimentos sociais e populares de todo a Região do Médio Paraíba para participar do evento para organização da Sociedade Civil, visando sua participação ativa para a “Cúpula dos Povos para o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, por ocasião da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável – UNCSD 2012, também denominada pela ONU como Rio+20”.

Eduardo Wernech
Presidente da OSCIP
Associação Ecológica Piratingaúna

sexta-feira, 27 de maio de 2011

OSCIP planta 84 mil mudas na Cicuta em ação de reflorestamento garantida por TAC

Cidades


Publicada em 27 de maio de 2011 - 17 h 7 - Jornal Folha do Interior

OSCIP planta 84 mil mudas na Cicuta em ação de reflorestamento garantida por TAC 



Queiroz Galvão investe cerca de R$ 1 milhão na ação compensatória, que atinge 40 hectares da mata; plantio gera cerca de 42 empregos diretos; ONGS alertam: mercado imobiliário ameaça a vida de bugios e a jaguatiricas que vivem na floresta e estão ameaçado Corredor Verde deve equilibrar fauna e flora da Floresta da Cicuta.
A Floresta da Cicuta, que fica entre Barra Mansa e Volta Redonda, abriga a ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico), último território remanescente de Mata Atlântica no Sul Fluminense.
Há 6 anos, o Instituto Educa Mata Atlântica vinha tentando viabilizar o Projeto Volta Cicuta, que consiste na implantação do Corredor de Biodiversidade entre a Floresta da Cicuta e a Serra do Mar. Com o apoio do Conselho Consultivo da ARIE Floresta da Cicuta, o projeto cresceu e conseguiu importantes adesões. O mapeamento das áreas foi efetuado pelo Instituto Educa Mata Atlântica e a Prefeitura Municipal de Volta Redonda. Membros do Conselho da Cicuta acompanharam todo o processo de mapeamento, incluindo a demarcação da Bacia do Rio Brandão. Foi baseado no trabalho voluntário deste grupo que a Coordenação Regional do ICMBio acatou e  indicou as áreas prioritárias para reflorestamento ao Ministério Público Federal e ao INEA – Instituto Estadual do Ambiente.
Extremamente ameaçada pela expansão imobiliária e comprometida pelo efeito de borda, o isolamento da Floresta da Cicuta dos outros fragmentos de mata nativa é o fator que mais preocupa os ambientalistas porque pode levar pequenas populações à extinção. Com a fixação de corredores, a expectativa é de que aumentem o fluxo gênico entre populações, fator fundamental para sobrevivência das comunidades animais em ambientes fragmentados. Para se atingir o percentual mínimo de cobertura florestal exigido por lei, deve ser reflorestada uma área de pelo menos 10.600 hectares.
Rita de Cássia alerta para proteção de espécies em extinção
Segundo a presidente do Educa Mata Atlântica, Rita de Cássia, o plantio possibilitou o reflorestamento de áreas degradadas no entorno do lixão de Volta Redonda, o que ajuda na recuperação funcional dos fragmentos. “Esse é um exemplo a ser seguido. O projeto envolveu a iniciativa pública, privada e o terceiro setor. Todos os prazos foram cumpridos e hoje podemos dizer que, mesmo com toda degradação e descompromisso dos governantes com a questão ambiental, a Cicuta está mais viva do que nunca”.
Rita também destaca a importância da floresta como abrigo para animais em extinção. “Aqui encontramos árvores imponentes da Mata Atlântica, como o jequitibá, o pau-ferro, o chichá e a figueira branca, muitas delas tendo de 35 a 40 metros de altura. Em termos de fauna, aparecem aves como o juriti, a rolinha, o joão-de-barro e o tiê- sangue. Dentre os mamíferos destacam-se a paca, a cutia, o caxinguelê, a capivara, o bugio e a jaguatirica, sendo os dois últimos espécies ameaçadas de extinção.
MP e Educa Mata Atlântica comemoram reflorestamento
De acordo com o procurador da República, Rodrigo da Costa Lines, do Ministério Público Federal de Volta Redonda, o TAC atribuído a Queiroz Galvão foi uma penalidade por conta da supressão de nascentes e outros problemas ambientais encontrados nas obras do Contorno. “Assinamos o documento do TAC em outubro de 2009 e hoje estamos corrigindo, ou pelo menos compensando, esse problema causado pela empresa. A construtora, no primeiro momento, se mostrou contrária ao acordo com o MP, mas a partir de conversas, esclarecimentos e a participação das ONGS, definimos que esse plantio seria uma ótima forma de compensar o desequilíbrio ambiental causado por aquela obra. Muitas vezes a empresa penalizada propõe a doação de computadores, veículos e outros itens. Nós optamos por esse reflorestamento, pois sabemos da importância da Floresta da Cicuta para nossa região”, destaca o procurador, lembrando que o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) também deve reflorestar 65 hectares, por conta de questões ambientais verificadas na mesma obra.
A Oscip Associação Ecológica Piratingaúna, em parceria com o Instituto Educa Mata Atlântica, entregou na quinta-feira, dia 26, o reflorestamento de 40 hectares de áreas degradadas na ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico) da Floresta da Cicuta. O plantio das 105 espécies nativas da Mata Atlântica, que começou em outubro de 2010, é considerado por ambientalistas o maior do tipo já feito no Sul Fluminense e faz parte de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) estabelecido entre o Ministério Público Federal de Volta Redonda e a Construtora Queiroz Galvão S.A, referente às obras realizadas pela empresa na Avenida do Contorno. O cinturão de proteção equivale a 30% do tamanho original da floresta, que de 130 hectares passou para 170. A construtora investiu cerca de R$ 1 milhão no reflorestamento e, como parte do TAC, deverá realizar a manutenção dos hectares florestados por um período mínimo e consecutivo de 4 anos. As terras utilizadas no reflorestamento foram doadas por dois agricultores da região.
Para o ambientalista e presidente da Oscip, Eduardo Werneck, o plantio é de fundamental importância no processo de preservação da Cicuta, única floresta da região preservada em área urbana. “A Queiroz Galvão fez a licitação para o plantio em agosto de 2010 e resolvemos participar. Temos uma parceria forte com a Educa Mata Atlântica desde 2006, plantamos aproximadamente 120 mil mudas por ano. Nós desenvolvemos o projeto, cultivamos as mudas e fazemos a manutenção dos canteiros, combatendo formigas e recuperando mudas. São cerca de 105 espécies nativas da Mata Atlântica, totalizando 84 mil mudas. Além de todo benefício ambiental, também estamos gerando renda, já que 42 famílias trabalham conosco na produção de mudas”, explica Eduardo, lembrando que 85% da Floresta da Cicuta se localiza em Barra Mansa.

Comitê Organizador do Médio Paraíba para a Conferência Rio+20


O Comitê Organizador do Médio Paraíba para a Conferência Rio+20, que agregará diferentes redes e organizações não-governamentais e movimentos sociais brasileiros de diferentes áreas de atuação, incluindo ambientalistas, trabalhadores rurais e urbanos, mulheres, juventude, movimentos populares, empreendedores da economia solidária, entre outros, chama as organizações da sociedade civil e movimentos sociais e populares de todo a Região do Médio Paraíba para participar do evento para organização da Sociedade Civil, visando sua participação ativa para a “Cúpula  dos Povos para o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, por ocasião da  onferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável – UNCSD 2012, também denominada pela ONU como Rio+20”.
O evento para debates e discussões será realizado no dia 22 de junho de 2011, às 15:00, na Associação Comercial de Barra Mansa, sito a Av. Domingos Mariano 196 – Centro – Barra Mansa – RJ.
Chamamos a atenção para a importante mobilização e construção de estratégias autônomas da sociedade civil, que considerem iniciativas e processos próprios das organizações e movimentos sociais, assim como a incidência no processo oficial da ONU. Há 20 anos, organizações e movimentos da sociedade civil brasileiros, apoiados por movimentos e redes internacionais, uniram-se no desafio de promover o Fórum Global 92, um real fórum global da cidadania, que deu espaço e visibilidade aos atores sociais no debate e no controle social dos temas então emergentes da RIO-92. Esta época marcou o início de um ciclo de Conferencias da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, fruto dos alertas e das demandas de um movimento socioambiental que se tornara planetário.
O momento que vive o planeta e a população mundial é grave. Persistem e se reproduzem a pobreza e a miséria e a desigualdade, potencializados cada vez mais pelas crises ambiental e climática. À espoliação do planeta se junta a marginalização e a exterminação de numerosos povos e grupos sociais. Enquanto estamos vivenciando uma crise civilizatória, governos e amplos setores das sociedades nacionais, presos ao imediato e cegos ao futuro, agarram-se a um modelo de economia, de governança e de valores ultrapassados e paralisantes.
O evento oficial Rio+20, propõe-se a debater a economia verde e a governança internacional para o desenvolvimento sustentável. Está mais que na hora para que sistemas econômicos incorporem princípios, valores e instrumentos que assegurem a justiça e eqüidade social e a sustentabilidade e integridade ambiental. Construir a governança global na transição para uma economia inclusiva, justa e que respeite os processos e limites ecológicos é campo de nossas preocupações também, certamente com perspectivas distintas que as respaldadas pela maioria dos governos, corporações comerciais e financeiras e setores industriais e agrícolas. Ao mesmo tempo em que algumas lideranças dos grupos hoje dominantes reconhecem a necessidade de mudanças profundas e urgentes, vemos grandes corporações, governos e conferências internacionais colocar o mercado como único ator central, enfraquecendo o papel do poder público.
É Imprescindível a confirmação de presença: (24)  3323-4861 – 8814-3066
Atenciosamente
Eduardo Wernech
Presidente - OSCIP-Piratingaúna

Ambientalistas conhecem projeto de reflorestamento da Cicuta

Dia 27/05/2011 de maio de 2011, às 0h0
Joarnal: A VOZ da CIDADE



VOLTA REDONDA 
Representantes de diversas entidades ligadas ao meio ambiente conheceram ontem a primeira etapa do Projeto Volta Cicuta, que prevê o reflorestamento de parte da Floresta da Cicuta. Durante toda a manhã, um grupo percorreu a propriedade e conheceu de perto o andamento do plantio de mudas, que começou em agosto do ano passado. Ao todo foram plantadas 85 mil mudas, de 105 espécies da Mata Atlântica. 
O projeto é realizado pela Organização da Sociedade Pública de Interesse Público (Oscip), Associação Ecológica Piratingaúna, com apoio do Instituto Educa Mata Atlântica, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Construtora Queiroz Galvão e acompanhamento do Ministério Público Federal (MPF). 
De acordo com o presidente da Piratingaúna, Eduardo Wernech, o reflorestamento, que está sendo coordenado pelo engenheiro agrônomo Fausto Ferreira, ocupa uma área de 40 hectares, sendo 13 de propriedade de Antônio Galvão, e os outros 27 de Paulo Vilela, que permitiram que o projeto fosse desenvolvido em suas propriedades. “Essas pessoas tiveram a consciência do que foi proposto a elas e concordaram em deixar que fizéssemos esse plantio. Esse entendimento foi fundamental”, assegura Wernech
Um dos interlocutores da ação, que intermediou reuniões com diversos órgãos ambientais, o procurador do MPF, Rodrigo da Costa Lines, ressaltou a importância do reflorestamento e disse que esse projeto deve ser seguido por outras pessoas. “É bom ver isso concretizado. Isso mostra que com a participação dos órgãos públicos, empresas, entidades de classe e sociedade é possível realizar ações concretas e que beneficiem o meio ambiente. Essa é uma conquista importante, mas é apenas uma etapa de muitas outras. Espero que isso sirva de exemplo para todos e que não seja um caso isolado”, frisa Lines.
A vista ainda contou com a presença do coordenador regional do ICMBio, Marcelo Peçanha; da representante do Educa Mata Atlântica, Rita Souza; e do analista ambiental Rogério Rocco.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Carta Aberta à Presidente da República e ao Congresso Nacional


23/5/2011 Carta Aberta à Presidente da República e ao Congresso Nacional Dez ex-ministros entregam carta a Dilma contra mudanças do código florestal Os signatários desta Carta Aberta, ao exercerem as funções de Ministros de Estado ou de Secretário Especia...l do Meio Ambiente, tiveram a oportunidade e a responsabilidade de promover, no âmbito do Governo Federal, e em prol das futuras gerações, medidas orientadas para a proteção do patrimônio ambiental do Brasil, e com destaque para suas florestas. Embora com recursos humanos e financeiros limitados, foram obtidos resultados expressivos graças ao apoio decisivo proporcionado pela sociedade, de todos os presidentes da Republica que se sucederam na condução do país e do Congresso Nacional. Mencione-se como exemplos: a Política Nacional do Meio Ambiente (1981), o artigo 225 da Constituição Federal de 1988, a Lei de Gestão de Recursos Hídricos (97), Lei de Crimes e Infrações contra o Meio Ambiente (98), o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (2000), a Lei de Informações Ambientais (2003), a Lei de Gestão de Florestas Públicas (2006), a Lei da Mata Atlântica (2006), a Lei de Mudanças Climáticas (2009) e a Lei de Gestão de Resíduos Sólidos (2010). Antes que o mundo despertasse para a importância das florestas, o Brasil foi pioneiro em estabelecer, por lei, a necessidade de sua conservação, mais adiante confirmada no texto da Constituição Federal e sucessivas regulamentações. Essas providências asseguraram a proteção e a prática do uso sustentável do capital natural brasileiro, a partir do Código Florestal de 1965. Marco fundante e inspiração nesse particular, o Código representa desde então a base institucional mais relevante para a proteção das florestas e demais formas de vegetação nativa brasileiras, da biodiversidade a elas associada, dos recursos hídricos que as protegem e dos serviços ambientais por elas prestados. O processo de construção do aparato legal transcorreu com transparência e a decisiva participação da sociedade, em todas as suas instâncias. E nesse sentido, é importante destacar que o CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente já se constituia em excepcional fórum de decisão participativa, antecipando tendências que viriam a caracterizar a administração pública, no Brasil, e mais tarde em outros países. Graças a essa trajetória de responsabilidade ambiental, o Brasil adquiriu legitimidade para se tornar um dos participantes mais destacados nos foros internacionais sobre meio ambiente, além de hoje dispor de um patrimônio essencial para sua inserção competitiva no século XXI. Para honrar e dar continuidade a essa trajetória de progresso, cabe agora aos líderes políticos desta nação dar o próximo passo. A fim de que o Código Florestal possa cumprir sua função de proteger os recursos naturais, é urgente instituir uma nova geração de políticas públicas. A política agrícola pode se beneficiar dos serviços oferecidos pelas florestas e alcançar patamares de qualidade, produtividade e competitividade ainda mais avançados. Tal processo, no entanto, deve ser desenvolvido com responsabilidade, transparência e efetiva participação de todos os setores da sociedade, a fim de consolidar as conquistas obtidas. Foram muitos os êxitos e anos de trabalho de que se orgulham os brasileiros, e portanto tais progressos não devem estar expostos aos riscos de eventuais mudança abruptas, sem a necessária avaliação prévia e o conveniente debate. Por outro lado, não consideramos recomendável ou oportuno retirar do CONAMA quaisquer de suas competências regulatórias no momento em que o país é regido pelo principio da democracia participativa, consagrado na nossa Carta Magna. Não vemos, portanto, na proposta de mudanças do Código Florestal aprovada pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados em junho de 2010, nem nas versões posteriormente circuladas, coerência com nosso processo histórico, marcado por avanços na busca da consolidação do desenvolvimento sustentável. Ao contrário, se aprovada qualquer uma dessas versões, o país agirá na contramão de nossa história e em detrimento de nosso capital natural. 2 de 2 Não podemos, tampouco, ignorar o chamado que a comunidade científica brasileira dirigiu recentemente à Nação, assim como as sucessivas manifestações de empresários, representantes da agricultura familiar, da juventude e de tantos outros segmentos da sociedade. Foram suficientes as expectativas de enfraquecimento do Código Florestal para reavivar tendências preocupantes de retomada do desmatamento na Amazônia, conforme demonstram de forma inequívoca os dados recentemente divulgados pelo INPE. Entendemos, Senhora Presidente e Senhores congressistas, que a história reservou ao nosso tempo e, sobretudo, àqueles que ocupam os mais importantes postos de liderança em nosso país, não só a preservação desse precioso legado de proteção ambiental, mas, sobretudo, a oportunidade de liderar um grande esforço coletivo para que o Brasil prossiga em seu caminho de nação que se desenvolve com justiça social e sustentabilidade ambiental. O esforço global para enfrentar a crise climática precisa do ativo engajamento do Brasil. A decisão de assumir metas de redução da emissão dos gases de efeito estufa, anunciadas em Copenhagen, foi um desafio ousado e paradigmático que o Brasil aceitou. No próximo ano, sediaremos a Conferencia das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, e o Brasil poderá continuar liderando pelo exemplo e inspirando os demais países a avançar com a urgência e a responsabilidade que a realidade nos impõe. É por compreender a importância do papel na luta por um mundo melhor para todos e por carregar esta responsabilidade histórica que nos sentimos hoje na obrigação de dirigirmos a Vossa Excelência e ao Congresso Nacional nosso pedido de providências. Em conjunto com uma Política Nacional de Florestas, o Código deve ser atualizado para facilitar e viabilizar os necessários esforços de restauração e de uso das florestas, além que de sua conservação. É necessário apoiar a restauração, não dispensá-la. O Código pode e deve criar um arcabouço para os incentivos necessários para tanto. O próprio CONAMA poderia providenciar a oportunidade para que tais assuntos sejam incorporados com a devida participação dos estados, da sociedade civil e do mundo empresarial. De nossa parte, nos colocamos à disposição para contribuir a este processo e confiamos que sejam evitados quaisquer retrocessos nesta longa e desafiadora jornada. Brasília, 23 de maio de 2011 Carlos Minc (2008-2010), Marina Silva (2003-2008), José Carlos Carvalho (2002-2003), José Sarney Filho (1999-2002), Gustavo Krause (1995-1999), Henrique Brandão Cavalcanti (1994-1995), Rubens Ricupero (1993-1994), Fernando Coutinho Jorge (1992-1993), José Goldemberg (1992), Paulo Nogueira Neto (1973-1985) Ver mais

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Rio Paraíba do Sul uma história que não muda

Esgoto e mais Esgoto em vários municípios.
O Rio Paraíba do Sul, abrange uma área de 57 mil km2, banhando o estado de São Paulo (23,7%), Minas Gerais (39,6%) e Rio de Janeiro ( 36,7%), onde desagua no Oceano Atlântico. Nasce na confluência dos rios Piratininga e Paraibuna, em SP, fazendo um percurso de 1.120 km, no sentido oeste-leste, numa altitude média de 370 m. Seus afluentes - Jaguari, Buquira, Paraibuna, Preto, Pombo e Muriaé - têm origem nas serras da Mantiqueira e do Mar, sendo parte da história brasileira. A primeira grande região produtora de café no Brasil todos sabem, foi no Médio Vale do Paraíba. Na época, a economia era assentada no latifúndio e no trabalho escravo. Com a perda do primeiro lugar na produção cafeeira veio a estagnação econômica, um pato que estamos pagando até hoje. O cenário só mudou a partir da fundação da Companhia Siderúrgica Nacional, em 1941, quando houve um processo de industrialização, que fez do vale uma das regiões mais industrializadas e também mais poluídas do país.
Há algum tempo atrás, um secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, destacou a necessidade de ações junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para intermediar recursos para os estados usarem na recuperação deste importante manancial, Falou: “Levantamos os problemas de diferentes fontes como saneamento, industrial, orgânicos, entre outros, e precisamos trabalhar mais juntos para termos uma radiografia ambiental completa da situação. Vamos avançar ainda mais”, disse o secretário à época. Como podemos perceber pelo estado atual dos índices de poluição, foi que tudo não passou de um belo discurso e a história mais uma vez é a mesma e nada mudou.
A importante bacia do Paraíba do Sul, concentra cerca de dois terços do Produto Interno Bruto brasileiro e tem só 10% do esgoto tratado”. E também é fato que “89% da cobertura florestal da bacia do Paraíba já foi desmatada”. Em termos de poluição, sobretudo com detritos industriais, a situação do rio, mais que a maioria dos cursos d’água brasileiros, é cada vez mais crítica. Suas margens encontram-se totalmente assoreadas e 40% de sua vazão é desviada para o Rio Guandu, e se por acaso não fosse, o povo da capital já teria morrido de sede.
O Estado do Rio iniciou a algum tempo a cobrança pelo uso da água do Paraíba do Sul. O dinheiro arrecadado, segundo as autoridades da área ambiental, seria aplicado no processo de despoluição do rio, porém o que vemos é a morte lenta, pois nada está sendo feito. Vale lembrar o trecho de um artigo publicado no Jornal do Brasil, onde o deputado e atual secretário do meio ambiente do Estado do Rio, Carlos Minc, lembra que “o Rio Paraíba já vem poluído de São Paulo. Em pesquisa recente constatamos forte concentração de metais pesados, como mercúrio, chumbo e cromo, na represa do Funil, em Itatiaia, e no fígado de peixes carnívoros, como o tucanar e a traíra. A poluição industrial do médio Paraíba é inaceitável. São dezenas de indústrias químicas e siderúrgicas que contaminam as nossas águas.”, pois bem, que medidas será que o Secretário vai tomar, já que conhece tão bem o assunto. È esperar e “rezar” para que alguma coisa seja feita.
Eduardo Wernech
Presidente - OSCIP Piratingauna

sexta-feira, 20 de maio de 2011

"Créditos de Carbono para Quem?"

É interessante e "apetitoso" como o mercado financeiro "devora" tudo o que vê pela frente. Eu, velha demais e cansada de guerra, só posso replicar essa matéria publicado no Jornal Valor Econômico com o e-book: "Commodities Ambientais em Missão de Paz" e o artigo "O Meio Ambiente chegou ao Mercado" publicado na edição especial sobre sustentabilidade da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e na Fórum de Direito Urbano e Ambiental - FDUA.
Então novamente perguntamos: "Créditos de Carbono para Quem?"
Amyra El Khalili - Aliança RECOs - Redes de Cooperação Comunitária Sem Fronteiras
Vejam a matéria:
Se a proposta de redução de área de reserva for aprovada, produtividade da terra aumenta, bem como o retorno potencial.
A despeito das polêmicas e interesses políticos que envolvem a discussão em torno do novo Código Florestal - que deve ser votado ainda este mês -, uma indústria que tende a ser beneficiada pelas mudanças propostas é o segmento de fundos de investimento florestais.
"O novo código terá um impacto positivo, pois poderemos ter um melhor aproveitamento das fazendas", avalia Marcelo Sales, gestor florestal da Claritas Investimentos.
Ele explica que uma das propostas do novo código é incluir na porcentagem destinada à área de Reserva Legal a fatia de Área de Preservação Permanente (APP), o que na prática significa mais terreno para plantar floresta.
Reserva legal é a área que o proprietário de um terreno deve manter com vegetação nativa. No caso da região amazônica ela deve ser de 80%, ou seja, pode -se desmatar 20% para cultivos ou para criação de gado.
Em outros biomas, a área de reserva legal pode variar de 20% (Mata Atlântica) a 35% (cerrado na Amazônia Legal).
Além da área de reserva, o dono do terreno não pode desmatar outra parcela de área: as APPs, florestas e demais formas de vegetação natural situadas em mananciais, encostas, manguezais e matas ciliares, que adiciona, em média, mais 10% de área que deve ser preservada.
Dessa forma, num terreno de Mata Atlântica, por exemplo, deve ser preservada 30% de mata original (20% da Reserva Legal mais 10% da APP), podendo 70% ser aproveitada.
Sales explica que, pelo novo código, a fatia referente a APP nas novas áreas a serem abertas para exploração poderá ser incorporada à área de Reserva Legal, estendendo para 80% a área explorável no exemplo anterior.
"Para nós é interessante que o código seja aprovado, pois aumenta a produtividade da terra", reforça Livia Moura Gonçalves, gerente de relações com investidores da Brazil Timber.
Se pelo lado da oferta as condições prometem ser mais favoráveis, o mesmo não ocorre sob a ótica da demanda de investidores estrangeiros interessados em ativos florestais. Isso porque no final do ano passado a Advocacia-Geral da União (AGU) limitou a compra de terras no país por estrangeiros.
"O apetite por ativos florestais é crescente. Houve uma fuga na época da crise, mas não tanto como em outros tipos de fundos, por se tratar de um ativo real: é um investimento em terras", diz Livia.
"Há muitas oportunidades e tem bastante gente entrando", confirma Humberto Grault, diretor de investimentos da Vitória Asset Management.
Perfil do investimento
O perfil do investidor de fundos florestais é o de longo prazo, já que o retorno final desses fundos geralmente é superior a 20 anos, lembra Grault. Por conta disso, a maior parte dos investidores são institucionais, como fundos de pensão.
O FIP Florestal Brasil, por exemplo, gerido pela Vitória Asset, investe em florestas de eucalipto, cujo ciclo de plantio e colheita é de sete anos.
"O retorno final do fundo é de 21 anos, pois são três ciclos de plantio", explica o diretor. Dependendo do fundo, há distribuição de dividendos intermediários, à medida em que a colheita vai sendo feita e o caixa entrando para a empresa em que o fundo investe.
Nos fundos da Claritas Investimentos, começa-se a ter retorno a partir do quinto ano. Segundo Sales, o retorno varia por região, tipo de floresta e fundo, mas gira entre 10% e 14% de retorno real.
Ele adverte que o ativo embute risco, já que é renda variável.
"O diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém!"
William Shakespeare

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Sem Larvas não há Mosquito "DENGUE MATA"


ESSE BICHINHO MATA
Para conter a reprodução do mosquito Aedes aegypti, a melhor maneira é cuidar do meio ambiente, o bichinho só se reproduz por que há falta de cuidados com o meio ambiente. A OMS - Organização Mundial de Saúde, estima algo em torno de 50 a 100 milhões de infectados por ano causando um dos principais problemas de saúde do mundo. A orientação é que se faça a destinação correta do lixo, separe cada tipo de material e mande os rejeitos para o aterro sanitário (OPS..”grifo nosso” por aqui e por ali, nem aterro sanitário tem), apesar que essas ações já estão previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê o fim de lixões e o início da coleta seletiva de resíduos até 2014, é pagar para ver. Em dois mil e dez foram registradas infecções em 4.007 municípios infestados por Aedes Aegypti no Brasil e parece que neste dois mil e onze a coisa se repete e tudo indica que a coisa ficou pior. A prevenção e as medidas de combate à dengue tem que contar com a participação e a mobilização de toda a comunidade. E a partir da adoção de medidas simples, sempre visando proteger o meio ambiente e interromper o ciclo de transmissão e contaminação da dengue aqui vai algumas dicas:

Fique ligado no combate a Dengue Com as “velhas” Dicas “ DENGUE MATA”
  • Não deixe água acumulada sobre a laje de sua residência,condomínio;
  • Não deixe a água parada nas calhas.  Retire qualquer material que impeça a circulação da água.
  • Coloque areia nos pratinhos das plantas;
  • Caixas de água, poços ,devem ser limpos constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas.;
  • Piscinas não utilizadas devem ser desativadas ou permanecer cobertas;
  • Garrafas, latas, copos... devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo bem fechado
  • Não jogue seu lixo em terrenos baldios,rua ou canais , mantenha a lata ou saco de lixo sempre bem fechada e sempre coloque o lixo para fora no horário de coleta;
  • Pneus podem acumular água. O ideal e destinar para coleta e se não for possível fure os pneus para evitar o acúmulo de água;
  • Aquele pratinho dos animais beber água dever ser trocado a água diariamente;
  • Seja um fiscal na sua rua,oriente ou comunique caso perceba um situação de risco de proliferação do mosquito.
Finalizando, sabemos também que um dos principais locais de criadouros do mosquito da Dengue são os ENTULHOS . Um velho conhecido de nossa cidade que após a chuva de Granizo, ficou pior, são telhas quebradas e amontoadas nas calçadas de tudo quanto é bairro e nada da prefeitura agilizar o recolhimento, desta forma podemos afirmar com toda a certeza que um dos grandes “produtores” do mosquito da Dengue é o próprio município.
Por: Eduardo Wernech
Presidente da OSCIP - Piratingaúna

terça-feira, 17 de maio de 2011

Vamos pensar.....será que o ambiente é nosso?


Estava eu a pesquisar sobre um trabalho relativo as intempéries que nos assolam no dia a dia, porém deparei-me com uma coletânea de provérbios voltados as questões da natureza, desta forma, vejo que realmente precisamos pensar e repensar as nossa atitudes em relação ao meio ambiente, sendo assim entendo que vale apena esta postagem.
  • "A natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a sua ganância" (Gandhi).
  • "Só quando a última árvore for derrubada, o último peixe for morto e o último rio for poluído é que o homem perceberá que não pode comer dinheiro." (Provérbio Indígena).
  • Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.” (Mahatma Gandhi) .
  • A responsabilidade social e a preservação ambiental significa um compromisso com a vida.” (João Bosco da Silva).
  • Ambiente limpo não é o que mais se limpa e sim o que menos se suja.” (Chico Xavier).
  • É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve.” (Victor Hugo).
  • "Digo que minha música vem da natureza, agora mais do que nunca. Amo as árvores, as pedras, os passarinhos. Acho medonho que a gente esteja contribuindo para destruir essas coisas." (Tom Jobim).
  • "Se soubesse que o mundo se acaba amanhã, eu ainda hoje plantaria uma árvore." (Martín Luther King).
  • Nunca o homem inventará nada mais simples nem mais belo do que uma manifestação da natureza. Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode ser produzido. " (Leonardo da Vinci).
  • Se você tem metas para um ano. Plante arroz Se você tem metas para 10 anos. Plante uma arvore Se você tem metas para 100 anos então eduque uma criança Se você tem metas para 1000 anos, então preserve o meio Ambiente.” (Confúcio).
  • "A natureza deu-nos duas orelhas e uma só boca para nos advertir de que se impõe mais ouvir do que falar." (Zenão de Cítio Zenon)

domingo, 15 de maio de 2011

"Ecologização" das sociedades


O povo diz, com a sabedoria que lhe é peculiar, que os otimistas podem, em sua caminhada, errar o caminho; mas que os pessimistas já começam tal jornada erradamente. Sempre ouviremos de muitos algo como: "De que valem leis tão boas, se não se tem contingente de funcionários ou vontade política para fazê-las valer?" No entanto, muito mais grave seria contarmos com multidões de funcionários que não tivessem boas leis para orientar suas atividades, pois, a importância das leis não deve ser reduzida ao imediatismo de sua plena aplicabilidade. O poeta e pensador alemão Goethe disse que, se procurarmos ver o ser humano tal como ele é apenas, acabamos por piorá-lo; mas se virmos o homem como é e tal como deve ser, podemos redimi-lo.
Temos sido muito mais prisioneiros da mídia (ou dos "mass media") do que podemos imaginar. Ora, os meios de comunicação de massa tendem sempre a criar uma psicosfera negativista, a qual põe em nós a impressão constante de que o ser humano, ao contrário de evoluir, vai de mal a pior. Afinal, o que é que faz notícia? Fazem notícia as exceções sociais, e principalmente as mais negativistas, como seqüestros, latrocínios, corrupções, agressões ao ambiente, etc. Esquecemo-nos de que milhões de seres humanos (e até bilhões) não seqüestram, não matam para roubar, não praticam homicídios, não são corruptos e procuram proteger o meio ambiente. À força de diariamente vermos, nos noticiários, as exceções sociais negativas acabamos por imaginar que elas são a regra; que resta pouco a fazermos por nosso mundo e por nós mesmos.
O filósofo e poeta espanhol Miguel de Unamuno escreveu: "É pena que ainda não se tenha escrito a história dos homens e mulheres sem história"; a história desses anônimos imprescindíveis, que se somam no mundo aos bilhões, mas não fazem notícia para os jornais e telejornais. Unamuno sugere que é nesses anônimos que devemos pensar para avaliarmos a situação atual, pois eles são a sustentação das ilhotas visíveis da história eventual – a dos acontecimentos impressionantes.
Emociona-nos ler, em um jovem autor como o já citado Rodrigo A. Musetti, o comentário que este faz a idéias do alemão Hans Jonas, escrevendo:
"Prevenir a degradação ambiental, preservar o que nos resta dos ambientes naturais e recuperar seus atributos ambientais é uma necessidade vital; em verdade, significa preservar o que resta de nós mesmos, seres humanos, e recuperar as condições que garantam nossa própria sobrevivência com qualidade. Não se trata de 'modismo ecológico', de 'bandeira verde', de 'ideologia de eco-chato', etc. Trata-se de responsabilidade ética e social da geração presente para com ela mesma e para com as futuras" (Musetti, 2001: 15).
Parte de umArtigo originalmente publicado na Revista Jurídica, Campinas, v. 18, n. 02, 2002, pp. 94-107. Regis de Morais – Doutor e Livre Docente em Educação. Professor Titular aposentado da Unicamp. Professor Titular convidado da PUC-Campinas. Professor Titular da UNISAL, Americana (SP). Professor do Curso de Direito do CREUPI. Autor de Sociologia Jurídica Contemporânea (Campinas: Edicamp, 2002) entre outros livros.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Rio Barra Mansa


Estava relembrando uma matéria elaborado, pelo Escritor e Jornalista José Gentil Filho, onde à época teceu comentários sobre o meio ambiente onde dizia - “O Rio Barra Mansa, que está “morrendo”, atingido por uma forte poluição desde as imediações da garagem da Viação Colitur, no Bairro Santa Clara até a sua foz, logo após a sede do SOS – Serviço de Obras Sociais, tem uma grande importância para milhares de moradores do longo desse percurso, além de uma grande importância histórica para o município. Foi nas imediações da sua foz, que iniciou-se a colonização de Barra Mansa. O próprio nome do município originou-se do rio. Os tropeiros, que naquela região pernoitavam, denominaram-no de Rio Barra Mansa, pois achavam suas águas mansas ao desaguar no Rio Paraíba do Sul. Como barra é sinônimo de foz, foi assim batizado o nosso rio, e a partir do nome do rio nasceu o nome do município: Barra Mansa”. - Na mesma matéria fez alusão a um Projeto de Lei aprovado pela Câmara Municipal de Barra Mansa, que institui o dia 21 de setembro, como o Dia Municipal de Defesa do Rio Barra Mansa, na abrangência do município. Observo que mesmo com o incentivo de ações voltadas para a educação ambiental, parece que as pessoas estão pouco ligando para as condições precárias do Rio Barra Mansa que continua morrendo. É preciso registrar que o Rotary Clube de Barra Mansa foi o único nos últimos anos que teve realmente uma atitude positiva e importante, quando comprou a área no entorno da nascente e a reflorestou. No mais, nada tem sido feito, falta vontade política e ações concretas. Tratamento de esgoto seria uma delas.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Banimento total do ENDOSULFAN está marcado para 2013.


Resultado da irresponsabilidade
Publicado hoje 10 de maio de 2011, no site do Ministério do Meio Ambiente (http://www.mma.gov.br) a notícia dizendo que o Ministério vai coordenar a estratégia de substituição do uso do endosulfan. Fala ainda que "O Brasil já tem uma série de produtos que servem como substitutos para o endosulfan. E temos a parceria do Ministério da Agricultura para promover essa mudança", afirma Sérgia Oliveira, diretora do Departamento de Qualidade Ambiental, do MMA. Ela explica que o banimento total está marcado para 2013 e que até o final deste deste semestre, deverão ser identificados os produtos que podem substituir o endosulfan. A tarefa está a cargo do Ministério da Agricultura. "Essa é uma decisão de Governo, e o levantamento será feito para evitar impacto entre os agricultores", explica Luís Eduardo Rangel, coordenador-geral de Agrotóxicos no Mapa. 
 
O endosulfan faz parte dos Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), de que trata a Convenção de Estocolmo. E o Brasil é o seu terceiro maior consumidor em todo o mundo. O uso do agrotóxico foi proibido pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde, em agosto do ano passado, depois de dois anos de análises. Outras 92 nações, que são signatárias do tratado, também vão banir o produto. 
 
Vale lembrar o caso SERVATIS, o acidente gravíssimo provocado e na oportunidade houve grande mortandade de peixes e animais, além de problemas no abastecimento em várias cidades, desta forma, várias matrizes de diversas espécies de peixes obrigatoriamente terão que ser re-introduzidas, pois houve uma ruptura enorme na ictiofauna. Como a empresa não avisou imediatamente do acidente, alguns municípios à época chegaram a fazer captação de água contaminada para abastecimento, mas em valores abaixo do limite tolerado. 

E fica a pergunta que não quer calar. Quais as medidas compensatórias exigidas e propagadas na mídia realmente se efetivaram???. E para onde foi o dinheiro da multa???.

Lixo Hospitalar um problema de Saúde Pública


A disposição, coleta e tratamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS) – o chamado lixo hospitalar – têm sido alvo de grande preocupação da sociedade. Em Barra Mansa, a Casa de Saúde Santa Maria, localizada no Ano Bom, começou, no início do mês de abril de 2011, em iniciativa pioneira na região, a dar destinação correta ao lixo contaminante produzido pelo hospital. O serviço é desenvolvido por meio de parceria com a Itaclean Limpeza Urbana, empresa com 12 anos de experiência nos serviços de coleta de resíduos e o material é auto-clavado pela Aborgama do Brasil.

Quatro containers de lixo hospitalar, com cerca de 240 litros cada, são descartados pelo hospital diariamente. “São 70 quilos de lixo contaminante por dia, entre agulhas, frascos de vidro, gases, bisturis, e outros objetos. Nossa iniciativa, pioneira na cidade, busca cumprir a Lei Federal que obriga o hospital a tratar o lixo. Não é permitido que o Poder Público faça o recolhimento do resíduo, o gerador é que deve dar destinação final ao lixo”, ressaltamos que a disposição dos resíduos obedece a Resolução n° 5/93, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), em consonância com a NBR 7500 E NBR 12810

Para o presidente da OSCIP (Associação Ecológica Piratininga), Eduardo Wernech, o exemplo de compromisso da Casa de Saúde Santa Maria com o Meio Ambiente deveria ser seguido pelos hospitais e consultórios da região. “Se não receberem manejo adequado, os dejetos gerados por unidades de saúde, consultórios e até clínicas veterinárias, representam um grande perigo, tanto para a saúde das pessoas quanto para o meio ambiente. Quando o lixo é tratado e destinado de acordo com as normas corretas, não há riscos de contaminação do solo ou de doenças em decorrência da ingestão de alimentos ou água contaminada”, chega de lixo hospitalar levados para lixões.

A Aborgama do Brasil é uma empresa licenciada para a destinação de resíduos infectantes. Já a Itaclean Limpeza Urbana, realiza os serviços de posse da L.O IN002925, do INEA. O contato com a Oscip Piratingaúna para informações é 24-8814-3066.
Fonte: Jornal Folha do Interior.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Sobram Problemas, Faltam Cidadãos.


Disse o dileto amigo e vice presidente da OSCIP – Associação Ecológica Piratingaúna, Vilmar Berna, Jornalista e Prêmio Global 500 de Meio Ambiente da ONU. Que o Brasil tem problemas e isso não é novidade para ninguém. Mas se por um lado sobram problemas, por outro, faltam cidadãos. Sabemos que sem povo não se cria nada de novo, como já diz o ditado. Mas e o povo? E os nossos jovens? Onde estão que não se levantam contra o sucateamento do patrimônio coletivo nacional, e isso não inclui apenas prédios e empresas, mas a natureza, a cultura, o conhecimento? Já não satisfaz a explicação de que a luta pela sobrevivência tem afastado as pessoas das lutas coletivas, pois isso equivaleria a dizer que os presidentes de associações de moradores ou de grupos ecológicos, por exemplo, seriam pessoas saudáveis e com situação econômica definida. E isso está bem longe da realidade. São comuns os casos de líderes comunitários desempregados ou sub-empregados, e até doentes, que nem por isso deixam de lutar pelos direitos de toda a sociedade ou de sua comunidade.

Na verdade o que falta hoje em nossa sociedade, de fato, é cidadania. No fundo, todos queremos viver num mundo melhor, mas a maioria prefere achar que esse mundo mais pacífico, justo e ecológico começa no outro, depende do vizinho, do político, da empresa. Enquanto perdurar a visão individualista de cada um cuidar de si e Deus de todos, sobrarão problemas e os poucos cidadãos engajados nas lutas coletivas terão de se conformar em assistir o mundo piorar muito mais, antes de melhorar.

Outro dia ouvi um ecologista se lamentando num momento de muito pessimismo diante da enormidade, gravidade e multiplicação dos problemas ambientais. Afirmava que a luta ecológica estava perdida e que o planeta iria mesmo acabar, incapaz de sustentar a vida, sufocado em tanta poluição e degradação ambiental. Neste caso, afirmei, prefiro morrer lutando.

Desejamos a todos que queiram participar ativamente da melhoria do planeta, que as lutas sejam levadas avante, não esmoreçam.

Eduardo Wernech
Presidente da OSCIP – Associação Ecológica Piratingaúna.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Repensando uma Agenda ambiental para as cidades


Cada eleição municipal que se aproxima é uma boa hora para se repensar uma agenda ambiental para as cidades, pois sem um meio ambiente preservado, dificilmente os lugares onde vivemos alcançarão os altos padrões de qualidade de vida que esperamos e merecemos. A União e os estados são abstrações jurídicas, pois se vive mesmo é nos municípios. O meio ambiente é nos municípios. Logo, uma cidade ambientalmente melhor não é do interesse deste ou daquele partido ou político, mas de todos. O diagnóstico todos já conhecem. Todos devem cuidar do meio ambiente. Preservar o meio ambiente não pode nem deve ser tarefa de uma secretaria ou órgão específico, mas de todos, muito menos ser tarefa apenas do poder público, mas também das empresas, ONGs, sociedade em geral.

Os caminhos para essa ‘ecologização’ podem ser vários, depende mesmo é da decisão política dos dirigentes. Uma sugestão pode ser utilizar a própria estrutura ambiental existente para ampliar a discussão, promover a capacitação necessária, estimular e monitorar a evolução de uma forma de administrar, compartimentalizada, para outra, ecologizada. Os atuais Conselhos de Meio Ambiente poderiam ser o fórum ideal para o início dessa discussão, buscando envolver todos os órgãos dos poderes executivo, legislativo, judiciário e também a iniciativa privada e as ONGs nessa discussão, que pode se dar através de diversos seminários e audiências públicas.

Um dos maiores problemas ambientais das cidades é a carência de um sistema de saneamento adequado, o que leva não apenas à morte e contaminação de ecossistemas inteiros, mas aumentam os casos de doenças por veiculação hídrica e a mortalidade infantil. Por isso, não dá para se pensar apenas no clássico sistema de coleta, transporte e tratamento, que exige grandes investimentos e concentra a poluição em emissários. É preciso pensar também em pequenos sistemas de fossa e filtro que as novas tecnologias têm tornado com eficiência de remoção de mais de 90% da poluição. O poder público poderia incentivar estes pequenos sistemas com abatimento na conta de água e esgoto proporcional à poluição que o sistema conseguisse remover.
Eduardo Wernech - Presidente da OSCIP - Piratingaúna

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Biologos se manifestem... a HORA é Agora

Solicitamos que o CFBIO, se manifeste junto ao Ministério da Agricultura, quanto a inserção do Biologo, nas ALTERAÇÕES PROPOSTAS NO REGULAMENTO DA LEI FEDERAL nº 10.711/2003 (EM ESPECIAL,SEU CAPÍTULO XII), APROVADO PELO DECRETO FEDERAL nº 5.153/2004 - Art. 2º, vale ressaltar que esta é oportunidade única. ) que ja foi proposto, vide o Art. 2º. como está hoje não contempla os Biologos (as), e sugerimos o que está abaixo.


Art.2º, Inciso XXXV - responsável técnico: engenheiro agrônomo ou engenheiro florestal, registrado no respectivo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia– CREA, e/ou Biologo (a) - CRBIO - registrado no respectivo Conselho Regional de Biologia a quem compete a responsabilidade técnica pela produção, beneficiamento, armazenamento, reembalagem e análise de semente e mudas em todas as suas fases, na sua respectiva área de habilitação;

E para que essa mudança aconteça pedimos encarecidamente a todos os Biólogos e estudantes de Biologia que se manifestem, mandando e-mails para que a CFBIO tome a iniciativa, para que Biólogos estejam em pé de igualdade com Eng. Florestais e Eng. Agrônomos em relação a responsabilidade técnica pela produção, beneficiamento, armazenamento, reembalagem e análise de semente e mudas em todas assuas fases, na sua respectiva área de habilitação. 


Ressaltamos que a reunião de fechamento da proposta será no dia 11 de maio de 2011 assim que definir o horário passo para todos, será no MAPA - Ministério da Agricultura, ali na Av Venezuela, próximo a Policia Federal.

CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA - CFBio SRTVN Qd. 702 Ed. Brasília Rádio Center sala 2001/2004, CEP 70719-900 - Brasília/DF Telefone: (61) 3328-2404 - Fax: (61) 3328-4181 www.cfbio.gov.br ; cfbio@cfbio.gov.br

Política de Resíduos Sólidos concorre ao Prêmio GreenBest

Por: Melissa Silva
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) está concorrendo ao Prêmio GreenBest na categoria Iniciativas Governamentais com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A votação popular, que começou em 29 de março, se encerra nesta quarta-feira (4/5) e quem quiser ajudar o MMA a vencer a disputa basta votar no site do Prêmio, diretamente no seguinte endereço eletrônico http://greenbest.greenvana.com/top3/governo/.
Com a votação do Júri Popular, o Ministério ficou entre os TOP3 e agora concorre com o monitoramento de floretas do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) e com a Lei Estadual de Sacolas Plásticas da Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro.
Além da votação popular, o MMA ainda concorre com a PNRS perante um júri especializado, batizado de Academia GreenBest, que terá seus votos auditados.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Recuperação de Nascentes para Produção de Água


A disponibilidade de recursos hídricos diminui a cada ano, ocasionada pelo uso incorreto do abastecimento público de água, crescimento desordenado das cidades e poluição das águas. A soma desses fatores atinge diretamente o desenvolvimento e a sustentabilidade de rios, córregos e nascentes. Recuperar e dar vitalidade às nascentes é mais do que uma simples ação, é promover a reeducação ambiental que envolve toda comunidade residente às margens dos rios. A área em torno das nascentes deve se protegida e as áreas de cabeceira devem ser arborizadas com vegetação nativa. Para isso, é necessário retirar as ervas invasoras, abrir sulcos para o plantio de sementes de arbustos e árvores. Depois, é a hora de tratar do lixo e da água. Isso pode ser feito por meio de uma coleta seletiva. A recuperação de nascente é um instrumento para a preservação do meio ambiente. Que empresário no futuro vai querer investir em um município com deficiência em Água e Energia?  Acorda meu povo!!!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Coleta das telhas de amianto destruídas pela chuva.

Fazemos um apelo para que a Prefeitura de Barra Mansa execute a coleta das telhas de amianto destruídas pela chuva de granizo que atingiu a cidade no início de abril, dando-se a destinação correta ao material. Muitos daqueles que tiveram a cobertura com telhas de amianto destruída em em nosso município estão abandonando o entulho em frente aos imóveis ou em terrenos baldios vizinhos, até por falta de outra opção para descarte. Até a presente data o Município não providenciou a retirada destes entulhos e nem disponibilizou um local para o seu descarte. Outra preocupação é por conta da contaminação daqueles que manusearam o produto sem as devidas precauções, tais como uso de luvas, máscaras, etc... Todos sabem que o amianto é cancerígeno e que esse tipo de telha pode cortar durante o manuseio e os cacos de amianto também podem gerar contaminação, pois demora décadas para se desintegrar junto ao meio ambiente. Desta forma é necessário que a Prefeitura entre em contato com as autoridades ambientas e solicite apoio para que se dê destinação correta e com segurança, esperamos que o material não seja levado para o LIXÃO de Barra Mansa que está um caos. Para finalizar fiquem atentos e alertas, pois o grande problema é o que o amianto seca com o sol e ao ser quebrado solta um pó tóxico que prejudica seriamente a saúde humana. “Quando quebra, o amianto cria uma aresta e esta aresta em atrito pode gerar pó”. Vamos alertar sempre que pudermos.