segunda-feira, 20 de junho de 2011

OSCIP – Piratingaúna inicia produção de mudas de seringueiras


Geração de renda para a comunidade
Seringueiras em germinação
Em parceria com o ITeB - Instituto Tecnológico da Borracha e o Instituto Educa Mata Atlântica, sob a coordenação da Bióloga Valeria de Almeida, a OSCIP - Associação Ecológica Piratingaúna, deu inicio a produção de mudas de seringueiras em caráter experimental em viveiro implantado no bairro Km4 no CEA – Centro de Estudos Ambientais Júlio Branco, como sabemos a seringueira é uma planta de origem brasileira (hevea brasiliensis), porém na época da colonização, os ingleses levaram suas sementes para suas colônias na Ásia, onde a planta se desenvolveu muito bem, e, por isso, atualmente os paises asiáticos são responsáveis por mais de 80% da produção mundial de borracha. Há aproximadamente 270 anos, a seringueira passou a ser conhecida pelo mundo civilizado por meio dos índios, mas para o mundo comercial não tinha valor porque com o calor ela melava e com o frio quebrava, até que Charles Goodyear descobriu, acidentalmente, a vulcanização com enxofre, daí por diante a borracha passou a ser utilizada comercialmente em muitos produtos que fazem parte da vida cotidiana como pneus, luvas, chupetas, sapados, entre outros. Toda borracha natural produzida no país e no mundo é consumida da seguinte maneira: Indústria pneumática, como o próprio nome já diz, produção de pneus e da Indústria leve, é tudo que não seja pneumático, como por exemplo, camisinha, bexiga, chupeta, acessório para o carro, solado de sapato, entre outros. Existem dois tipos de borracha, a natural é que vem da seringueira e a sintética que é derivada do petróleo. Num pneu comercial, o mínimo que tem que se colocar de borracha natural para total segurança do veículo é 30%, os outros 70% é formado por fios de aço e outros agregados mais a borracha sintética. Nunca conseguiram fazer em laboratório nenhuma borracha sintética que tivesse as mesmas características da natural e quanto mais próximo chegaram mais caro ficou o custo para sua produção. A borracha natural é mais resistente ao atrito, temperaturas altas e tem melhor elasticidade, por isso que os pneus de alta performance como os de fórmula 1 e os pneus utilizados e em aviões de grande porte são 100% de borracha natural. Além do que as seringueiras poderão ser plantadas em consorciamento com as mudas nativas da Mata Atlântica para recuperação de Áreas degradadas e gerar emprego e renda para as comunidades do entorno.
Eduardo Wernech
Presidente da OSCIP
Associação Ecológica Piratingaúna

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