Vamos apoiar galera. Por: Anderson Carvalho e Karina Fernandes 06/06/201
Jornal O Fluminense Caravanas de outros estados estão sendo organizadas em solidariedade ao movimento. Frente parlamentar entra em defesa e ameaça trancar pauta se militares não forem soltos
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O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que também preside a Associação Nacional de Praças (Anaspra), o deputado Patrício (PT), afirmou nesta segunda-feira, em discurso em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde durante todo o dia estiveram concentrados centenas de bombeiros, que estã o sendo organizadas caravanas de bombeiros de diversos estados do País para se solidarizarem com os militares presos no Rio de Janeiro. Mais de 400 bombeiros que invadiram o quartel central da corporação, no Rio, estão presos desde sexta-feira. Nesta segunda-feira, houve manifestação também em Charitas.
“Em todos os estados onde houve manifestação de policiais e bombeiros aconteceram prisões, a exemplo do Rio. Mas, em todos os casos, o governador teve que voltar atrás. A partir de quarta-feira, nós começaremos a mobilizar policiais militares e bombeiros do Brasil inteiro. Vamos mandar caravanas para o Rio negociar com o governador”, afirmou.
Deputados do Rio decidiram criar uma frente parlamentar em defesa da categoria e prometem trancar a pauta se não forem soltos os bombeiros.
“Vamos brecar a pauta da Alerj a semana inteira enquanto eles não forem soltos”, disse o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).
O novo comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Sérgio Simões disse nesta segunda-feira que vai negociar a respeito das reivindicações dos bombeiros, mas que, na questão das prisões, cabe à Auditoria de Justiça Militar julgar o caso individualmente.
“Os bombeiros foram autuados por motim, danos ao patrimônio público e impedimento de prestação de socorro, tipificados no Código Penal Militar”, esclarece.
No sábado, 439 bombeiros foram presos pela Polícia Militar após a invasão do quartel central da corporação. Viaturas e instalações foram danificadas e o atendimento à população foi impedido. Para conter os mais de mil manifestantes que, segundo o Governo do Estado, estavam armados, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado.
Nesta segunda-feira, a Auditoria encaminhou o caso para o Ministério Público Estadual dar seu parecer sobre a legalidade da prisão. A Associação de Cabos e Soldados dos Bombeiros do Estado informou que irá pedir habeas corpus pela soltura dos que estão presos.
Respondendo a denúncias, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ) fez, nesta segunda-feira, visitas surpresas ao Grupamento Especial Prisional (GEP) dos bombeiros, em São Cristóvão, e à 3ª Policlínica do Corpo de Bombeiros de Niterói, em Charitas, onde estão presos os militares. Segundo a presidente Margarida Pressburger, nenhuma violação dos direitos humanos foi detectada durante a passagem da equipe. Ela alerta, no entanto, que o prédio só tem infraestrutura para 80 pessoas e está com mais de 500. Dez banheiros químicos foram instalados em Charitas, que recebe 400 presos.
Nesta terça-feira, os bombeiros pedem que a população use vermelho em apoio ao movimento. Quem quiser pode colocar uma fita vermelha na roupa ou no carro.
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