A Cúpula dos Povos foi o melhor da Rio + 20
Para registrar o que foi dito com muita
propriedade pela jornalista, Iara
Pietricovsky, do Inesc
- abre aspas, “Um
cenário lamentável de retrocesso. Os governos, pressionados por uma
lógica de “cada um por si” e o mundo que se dane, nos levaram a
assistir uma farsa. A abertura oficial, comandada pela presidenta
brasileira, Dilma Rousseff, e pelo Secretario Geral da ONU, Ban Ki
Moom, foi realizada em um ambiente insosso, burocrático. Os
governantes discursaram para uma plateia desinteressada e como se
tivessem copiado um o discurso do outro. Monocórdios, sem luz, sem
compromisso repetiam a mesma ladainha, sem brilho e vigor. "
"Esse foi o
sentimento predominante dos representantes da sociedade civil que
assistiram a abertura. Pensar que em 1992 o mundo vivia a expressão
máximo do neoliberalismo, quando presenciou o desmantelamento do
papel do Estado, a transferência progressiva do poder às grandes
corporações financeiras, comerciais, industriais e agrárias. "
"Hoje
observamos um processo declarado de apropriação privada do espaço
público de forma geral e irrestrita, inversão de uma ordem que nos
custa reverter 20 anos depois e com a anuência dos governos. Vimos
governos fracos, apresentando um documento inconsistente e sem a
ambição necessária para reagir à destruição do Planeta, que
ainda pensam na lógica do crescimento econômico como base para o
enfrentamento das crises econômica, social e ambiental.”, -
(grifo nosso) concordamos plenamente com as
colocações da brilhante jornalista, essa também foi a nossa visão.
Mas que isso, vimos que
na Cúpula do Povos ouve uma grande corrente convergente para buscar
melhorias para nossas vidas e a vida de nossos filhos e netos por
um planeta melhor. Ao contrário do que aconteceu no Rio Centro onde foi
elaborado um documento que leva nada a lugar nenhum.
Eduardo Wernech
Presidente - OSCIP